quarta-feira, 24 de novembro de 2010

"Esse lugar"



"Eu sonhei com um lugar pra viver
Em paz sem me preocupar
As pessoas irrelevando as diferenças de cada um
Debaixo da Lua e de frente para o mar
Ouvindo um som sem se importar
Com o amanhã que virá

Sem matar e sem morrer
Sem ter que ser mais do que alguém
Um lugar de ninguém

Podemos sorrir
Podemos cantar
Sem ter medo de sonhar

Debaixo da Lua e de frente para o mar
Ouvindo um som sem se importar
Com o amanhã que virá

Podemos sorrir
Podemos cantar
Sem ter medo de sonhar
..."

Um lugar - Teco Martins

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"... de um tempo que não volta jamais."


"Quanta saudade dos meus tempos de criança, quanta saudade de ser pequeno, de não ter responsabilidades, de ser puro, de ainda não conhecer certos sentimentos que só viriam com o tempo; saudade essa que é pura, como um dia já fui, e hoje sou um produto do que vivi, algumas cicatrizes certamente, oriundas de espinhos.

Naquele tempo eu não pensava em pedir demissão de certos valores que tenho hoje, muitos dos quais nem sou, que aplicaram a mim. Só quem me conhece mesmo deve abrir a boca e apontar o meu erro, o meu pecado, os meus titubeios. Não me julgues, não me julgues meu amigo, eu tenho tanta bondade em meu coração, tanta esperança, talvez nem tanta razão, mas é tudo parte de um jogo imposto, um jogo oportuno, que envolve malícia e emoção.

Saltar, correr, pular ficou no ontem, hoje a gente brinca de ser grande, e olha, não tem como pedir demissão, e hoje o chorar não é porque foi impedido de comer bombom ou jogar bola na chuva, mas é ocasionado pela dor, ou simplesmente saudade de um tempo que não volta mais." - Gustavo Fernandes Teixeira

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Olhos Vermelhos

"Olhos vermelhos realçam os pormenores de uma vida que já foi feliz,
Abraços simultâneos não carregam as verdadeiras emoções que queria fingir sentir.
Vibrações ocasionadas por choques pessoais.
Lições tiradas de um livro a muito esquecido, que já se perderam diante de novos conceitos trazidos pelas quedas que a vida te trouxe.
Olhar-se no espelho, vestido com o mesmo uniforme diário, e enxergar olhos grandes, profundos, que já viram o inimaginável, já almejaram ver a vastidão do verde de cima, já admiraram os perdidos.
Olhos fortes, que não lutam para ver o belo, que lutam para, por segundos, esquecerem das memórias que levam.
Olhos famintos, que já não suportam mais o peso das lágrimas acumuladas feito poças d'água depois de um dilúvio, inundação da alma, lágrimas essas por muitas vezes poupadas, que hoje vêm à tona e teimam em sair desses grandes e pesados olhos vermelhos..." - Gustavo Fernandes